Borges / Buenos Aires
Yo voy a reemplazar al mundo visible por el mundo antiguo.
Já em Buenos Aires tomei consciência de uma existência paralela à minha, enquanto existia naquela cidade. Trata-se da personagem central de Tomás Eloy Martínez no romance “El cantor de tango”: um doutorando que vai a Buenos Aires pesquisar Jorge Luis Borges, com uma bolsa de estudos. Ao se deslocar pela cidade, ele desenvolvia percursos estranhamente simétricos e paralelos aos meus, enquanto eu avançava na leitura do livro: o hospital Rivadavia, o café Britânico, bairros, ruas, livrarias, o Palácio das Águas Corrientes, a ex-Biblioteca Nacional da Argentina. Essa presença sublinhava a existência dos duplos ficcionais, que talvez existam para validar a certeza dos percursos e dos lugares que escolhemos.
Essa personagem, assim como eu, não é de Borges, e dessa forma teve também permitido o seu percurso por esta página - as citações em espanhol são de Martinez (exceto a do subtítulo, de um Borges já acometido pela cegueira). O escritor mesmo não caberia nela. Paradoxalmente, exige um certo esquecimento para que possa existir no conjunto de trabalhos que nomeia.
O conjunto deste trabalho é parte do Doutorado em Poéticas Visuais "Entre o livro e o lugar", 2015, orientado por Carlos Fajardo na Escola de Comunicações e Artes, USP. Disponível em TEXTOS.
Frames: Sin Palabras
Antílope, foto-instalação, 2013. Série de 3 imagens.
Hoy te evoco emocionado, decía el tango, y yo sentía que ese conjuro bastaba para que se desvanecieran los vidrios del piso y se apagaran las telarañas y el polvo.
En cada gran ciudad hay, como se sabe, una de esas líneas de alta densidad, semejante a los agujeros negros del espacio, que modifica la naturaleza de los que la cruzan.
Hoy te evoco emocionado, dizia o tango, e eu sentia que esse conjuro
MISSING NAMES, FOTO-INSTALAÇÃO, 2013.
Halcón de entretecho, fotografia sonora, 2013
Dos Caballos, 2014, série de 7 fotografias.
Martel había observado a su ídolo con tanta intensidad que por momentos sintió que él era el otro. Ni siquiera la pésima proyección de las películas lo había desilusionado. En la soledad de la sala, cantó en voz baja, a dúo con la voz de la pantalla, dos de los tangos, Tomo y obligo y Silencio.
Cuando Martel imitaba a Gardel, era Gardel. Cuando se empeñaba en ser él mismo, era mejor.
Martel observ
Túnel, fotografia (díptico), 2013.
